segunda-feira, 4 de novembro de 2013

2ª Fase do Projeto

Já concluímos a 2ª fase do Projeto, 

Leia o que saiu na mídia:
O Nacional:

Os contrastes do Rio

Segunda etapa do Projeto Navegar Rio Passo Fundo percorreu parte da área urbana do rio que dá origem ao nome do município


O Rio Passo Fundo como era há cem anos e um rio poluído. Os dois cenários puderam ser vistos de perto na segunda etapa do Projeto Navegar Rio Passo Fundo, da nascente ao mar, realizada na tarde de ontem (31). Quatro grupos formados por estudantes, ambientalistas, professores e escoteiros percorreram grande parte do trecho urbano do rio. Outras quatro etapas estão previstas, incluindo toda a extensão dos rios Passo Fundo e Uruguai até o Oceano Atlântico através do veleiro Cecy, uma embarcação sustentável feita com garrafas pet e taquaras. O projeto é uma promoção do Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp), Escola Estadual Cecy Leite Costa, Grupo de Escoteiros Guarani com o apoio da Corsan e 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar.
Os participantes foram divididos em quatro grupos. O primeiro percorreu as margens do Rio Passo Fundo, entre a Escola Eulina Braga, fundos da Prefeitura, até a ponte na Avenida Sete de Setembro. O segundo grupo fez o trajeto entre a ponte do loteamento Umbu, na rua São Lucas, até a Avenida Sete de Setembro. O terceiro grupo percorreu a ponte do rio na Avenida Sinimbu, no Parque Farroupilha, até o rio no loteamento Umbu e o outro grupo realizou o trajeto da Perimetral Leste até a ponte na Avenida Sinimbu, no Parque Farroupilha. “Os grupos percorreram o trecho urbano do rio no bairro Petrópolis, Manoel Corralo, Entre Rios e fundos da Prefeitura. Foram feitas anotações com as características atuais da situação do rio e amostras de água foram colhidas. É um trabalho educativo, mas os danos encontrados serão denunciados aos órgãos competentes”, disse o diretor do Gesp, Paulo Fernando Cornélio.

A equipe do Jornal O Nacional acompanhou o quarto grupo que percorreu a Perimetral Leste, ainda na área rural, até o início da área urbana no Parque Farroupilha, na ponte da Avenida Sinimbu. Foram cerca de 2,5 quilômetros de caminhada pelas margens e entorno do Rio Passo Fundo. Na área rural o grupo conheceu a prainha, uma região que preserva a vegetação e aspectos hidrológicos da mesma forma há séculos. “A prainha é nos fundos do bairro Manoel Corralo. Muita gente se banha aqui. Os aspectos geográficos e hidrológicos são os mesmos de 100 anos atrás. Isso mostra que é possível termos um rio em condições de balneabilidade ainda. Queremos tornar este local uma área de conservação”, revelou o diretor do Gesp.

A matéria completa você confere nas edições impressa e digital de O Nacional.


Diário da Manhã:
De barco, no curso do rio
Quatro equipes coletaram amostras em diversos pontos do Rio Passo Fundo. A tarde de ontem (31) também foi de estreia para um dos barcos sustentáveis
 
(Durante o percurso o grupo instruía as comunidades ribeirinhas / FOTO: DULCI SACHETTI / DM)
Quem consome pode não saber, mas mais da metade da água que chega às torneiras de Passo Fundo é proveniente do rio que leva o nome da cidade; devidamente tratada ela abastece milhares de pessoas todos os dias. Antes de chegar à estação de tratamento ela se mistura ao lixo, esgoto e descaso da população. Esta é a preocupação que envolve o Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp), Escola Estadual Cecy Leite Costa, Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e Grupo Escoteiros Guaranis. Avaliar como está o índice de contaminação e conscientizar a sociedade tem motivado o Projeto Navegar.

A primeira fase que aconteceu no dia 19 de outubro com uma caminha na cabeceira do Rio Passo Fundo/ Nascente do Rio Passo Fundo à Perimetral Leste/ Passo Fundo. Três grupos compuseram a coleta de amostras e impressões. Na tarde de ontem (31), a segunda etapa prevista continuou a caminhada, percorrendo outros trechos, já dentro da cidade. Desta vez, quatro grupos se dividiram nos trajetos diferentes: Ponte da Escola Estadual Eulina Braga/Túnel da linha férrea, Túnel da linha férrea/ Entre Rios, Entre Rios/Ponte da Lucas, Ponte do Lucas/Entre Rios. Pelo caminho eles encontraram resistência dos moradores, difícil acesso às margens, lixo e poluição. “No ponto de início aqui na ponte do Sininbú, como é conhecida, encontramos um pouco de lixo, mas também bastante mata ciliar ainda resistente. Observamos também que o ar não é totalmente puro”, diz o ambientalista Jaimir Maximino Zamarchi, componente de um dos grupos junto com mais dois alunos. “Nosso percurso é de aproximadamente três quilômetros, é um dos mais longos. No caminho aproveitamos para além de coletar as amostras que serão analisadas de cada ponto do rio, recolher lixo e orientar a população que vive às margens; dizer que é aconselhável que faça fossas para não largar dejetos e esgoto diretamente nas águas, que encaminhem o lixo para o destino correto e assim se desenvolveu o trabalho”, conta Zamarchi.
 
 
Atuantes pela primeira vez no grupo os estudantes Lucas Kurtz Moreira e Lucas Zanatta, afirmam “a gente percebe o rio poluído e a população muito próxima dele, jogando lixo e ao mesmo tempo se banhando, bebendo desta água. Nós não imaginávamos que o rio era tão sujo e nos surpreendemos em ver isso de perto; sem dúvida conscientiza pra não só cuidar mas ajudar nas ações como e essa do Projeto Navegar”, dizem.

Barco sustentável
(O barco sustentável foi lançado nas águas do rio e teve sucesso no percurso / FOTO: DIVULGAÇÃO GESP
O dia também foi de teste para um dos barcos, ou balsa chamada por alguns, construídos pelo projeto. “Chegamos de volta ao nosso ponto de encontro próximo das 17 horas. Da Escola Eulina Braga até a ponte do Rio Passo Fundo, fizemos a estreia do barco. Ele mede dois metros por um e é feito com taquara, garrafas pets e um material biológico elaborado, podendo suportar o peso de até quatro pessoas. Foi um sucesso o uso dele que a gente quer expandir para as comunidades ribeirinhas para que construam e utilizem como motivante para a retirada de lixo do rio. A ação chamou a atenção, assim como animais, a vida nas margens”, diz Zamarchi. Mas esta é apenas uma das peças. Outros dois barcos maiores, com cinco metros de comprimento e vela estão em fase de finalização. “os menores são para usar aqui dentro da cidade, com estes dois maiores pretendemos chegar à foz, abrangendo toda a região hidrográfica até o Oceano Atlântico; Neste caminho vamos fazendo o levantamento dos principais agentes poluidores, contribuindo na mobilização das comunidades para a criação de projetos socioambientais e a construção de propostas para possíveis soluções. O Rio Passo Fundo tem jeito, basta a gente querer, finaliza Zamarchi.
 
Cronograma
O projeto Navegar será desenvolvido em seis etapas, incluindo toda a extensão dos rios Passo Fundo e Uruguai até o Oceano Atlântico. A terceira fase acontece no dia 9 de novembro, na Av. Brasil à BR 285. Já a quarta fase do Projeto será no dia 23 de Novembro, na BR 285/Passo Fundo à Barragem do Rio Passo Fundo na Cidade de Ronda Alta. A quinta fase do será realizada no dia 07 de dezembro, na Barragem do Rio Passo Fundo na Cidade de Ronda Alta à Foz do Rio Passo Fundo junto ao Rio Uruguai. A fase final projeto, ocorre de 07 a 17 de janeiro 2014, da Foz do Rio Passo Fundo/Rio Uruguai à Montevidéu no Uruguai.
A água coletada de vários pontos diferentes deve ser analisadas / FOTO: DULCI SACHETTI / DM

 


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