quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Projeto Navegar parte para a última etapa, Rumo a Montevidéu

O Nacional

Rumo a Montevidéu

Grupo partiu ontem para última etapa do projeto Navegar

Créditos: GERSON LOPES/ON
Rumo a Montevidéu
Grupo deve levar 10 dias para chegar a Montevidéu
Percorrer pelas águas do rio Uruguai os cerca de 1,3 mil quilômetros que separam Iraí, no Rio Grande do Sul, de Montevidéu, será o desafio da oitava e última etapa do projeto Navegar Rio Passo Fundo – da nascente ao mar. Os 15 integrantes da expedição, entre alunos e professores, partiram ontem à tarde em direção à capital uruguaia. Antes do embarque, eles reuniram a imprensa na sala Futura para falar sobre as etapas anteriores e a logística da viagem. Desenvolvido pela escola Cecy Leite Costa, em parceria com o Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp), o projeto teve início em 19 de outubro. Durante os três meses, os integrantes percorreram toda a extensão do rio Passo Fundo, desde as nascentes, em Povinho Velho, passando pela área urbana, até a divisa com Santa Catarina. “ Algumas fases foram realizadas a pé, outras com barco a motor, balsa, e agora com utilização do veleiro” afirma Paulo Fernando Cornélio, representante do Gesp.

Um relatório, incluindo análises de água coletadas em diferentes trechos, situação da vegetação, fauna e flora, será elaborado e entregue ao Ministério Público, Prefeitura Municipal e ao Comitê de gerenciamento da bacia hidrográfica do rio Passo Fundo. Natural da cidade italiana de Valvasone, próximo a Veneza, a estudante Eleonara Peruch, 17 anos, certamente terá boas histórias para contar quando retornar ao seu país. Aluna do 3 º ano do ensino médio, ela participa há cinco meses de um intercâmbio na escola Cecy Leite Costa. Assim que soube da possibilidade de integrar a expedição, não perdeu tempo. “Estou muito contente em poder participar de algo assim. Vou navegar num barco que eu mesma ajudei a construir” relata em português.

O veleiro que a italiana se refere é uma das embarcações utilizadas na viagem. Ele foi totalmente construído com material reciclável na própria escola. Com capacidade para cinco a seis pessoas, pesa entre 150 a 180 quilos. Na parte do casco foram utilizadas cerca de 60 varas de taquara. O fundo foi preenchido com 1,2 mil garrafas pet. Já avela, medindo 5,7 metros, é toda confeccionada com tecidos retirados de guarda-chuvas. Além do Cecy, a expedição contará com um segundo veleiro, também construído na escola, mas revestido com fibra.

Idealizador do projeto e responsável pelas embarcações, o professor Antônio Carlos Rodrigues, disse que o mais importante da iniciativa é desenvolver um outro olhar para o rio Passo Fundo, para que as pessoas conheçam suas belezas e sintam a necessidade de preservá-lo. “Passamos por trechos belíssimos, precisamos dar essa visibilidade ao rio” comenta. Sobre a logística da viagem, o professor explica que a turma será dividida em duas equipes. Elas devem se revezar ao longo da viagem, entre trechos de navegação e o caminho por terra. Para garantir uma boa comunicação e localização, o grupo está equipado com rádios amadores e GPS. A intenção é navegar durante o dia e montar acampamento às margens do rio à noite. A chegada em Montevidéu está prevista para ocorrer dentro de 10 dias.
Aula na prática
Junto com o aprendizado sobre o meio ambiente, os alunos poderão ampliar o conhecimento na disciplina de história. Para isso, terão a companhia da professora da escola estadual Fagundes dos Reis, Eloni Ferri. “Vamos passar por cidades importantes como Buenos Aires, Colônia do Sacramento e Montevidéu. Esses estudantes terão oportunidade de fazer uma leitura ampla integrando as duas disciplinas. É sem dúvida uma viagem que vai ficar para a vida deles, para o futuro” prevê a historiadora.
Para o professor de biologia, Angelo Vinícius da Rosa Peres, outro integrante da expedição, a viagem é a oportunidade de observar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. “Encontraremos pelo caminho, assuntos de botânica, zoologia, observação da flora e fauna. Esse contato com a natureza é o mais importante” ressalta.

Imagens Relacionadas:

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Diário da Manhã
Projeto Navegar na reta final
A última fase do programa reserva uma viagem com mais de 1.200 km pelo Rio Uruguai em direção de Montevidéu
Alessandra Pasinato – jornalista
Julia Possa – estagiária
julia@diariodamanha.net


Por terra, o caminho é de 2800 km. Por água, mais de 1200 km. É essa a fase final do Projeto Navegar, programa que mescla educação com meio ambiente e que leva agora 15 pessoas para uma aventura até o Oceano Atlântico, seguindo pelo Rio Uruguai com destino a capital uruguaia, Montevidéu. O projeto – que partiu ontem (7) e tem retorno previsto para o dia 17 deste mês – já percorreu mais de 200 km com viagens de ida e volta entre Passo Fundo e demais locais de preservação. A iniciativa envolve alunos e professores das escolas estaduais Cecy Leite Costa e Fagundes dos Reis, além de ecologistas e biólogos especializados.

Conforme o diretor do Grupo Ecológico Sentinela do Pampa, Paulo Fernando Cornélio, serão observadas durante o percurso o estado das matas ciliares e de lavouras, trazendo amostras de todas as áreas percorridas. “O papel do projeto é também técnico-científico”, afirma. Um desafio e uma aventura: quem embarca nesta caravana volta acompanhado de novas experiências.

O descobrir 
Animadas, as estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, Emanuele Rasche e Karen Cristini de Souza, relatam que, desde o início do projeto, os acontecimentos transformaram seu jeito de pensar. As duas fazem parte do grupo de seis alunos que embarcam na viagem. Com as malas prontas, elas contam que desde o começo o projeto chamou a atenção por colocar em prática toda a teoria aprendida em sala de aula. “Aprendemos mais. O que eu mais gostei foi todo o conteúdo aprendido, coisas que os professores explicaram, não só em relação a água, mas também no convívio com os outros. Agora com a viagem, espero que aprendamos ainda mais”, conta Emanuele.
Fora da sala
Os professores concordam com a aluna. Dentre eles está Ângelo da Rosa Peres, que também vai acompanhar a viagem. Para o licenciado em Biologia, a oportunidade é importante por mesclar educação com meio ambiente. “Isso gera frutos que poderão ser colhidos no futuro. Tenho certeza que a gurizada vai ajudar na preservação do meio ambiente”, relata animado. Sair da sala de aula, escapar da teoria e ter um aprendizado na prática são apenas alguns dos benefícios do programa. “Os alunos ficam mais interessados, mais participativos, entendem melhor, falam mais. É sensacional”, elogia.

Segundo ele, por questão de equipe, estar em contato com o outro é sempre importante na formação dos alunos. “Não só ver novos ambientes, mas preservar o convívio com os demais. É bom conhecer o aluno fora da sala de aula e estar em contato com os demais colegas do projeto”, finaliza o professor.

(Equipe que faz parte da caravana / FOTO JULIA POSSA )

Estimulada por este contato, Emanuele pretende seguir carreira na área. “Eu pensava em fazer Design Gráfico, mas agora mudei totalmente de ideia e vou para a Biologia”, afirma. Enquanto isso, Karen está resolvida e vai para a Medicina Veterinária. Mesmo que não seja o mesmo curso, as amigas pretendem seguir juntas com o projeto. “Você acaba tendo uma visão diferente de tudo”, encerra a futura bióloga.
Intercâmbio
Quem também está neste meio é Eleonora Peruch, que veio da Itália como intercambista e participa do projeto aqui em Passo Fundo. Para ela, a experiência conta muito na sua passagem de um ano pelo Brasil. “Nunca pensei que ia achar algo do tipo aqui, ainda mais essa experiência de aventura e estudo”, relata. Para ela, poder estar incluída no programa representa muito. “Essa é uma experiência que eu nunca vou esquecer e que com certeza vai ajudar nas escolhas do futuro”, justifica.

Os barcos 
Os dois barcos que estão sendo utilizados no projeto são um capítulo a parte. Ambos foram desenvolvidos pela equipe com ajuda de engenharia náutica e contam apenas com materiais reutilizáveis. “As velas foram tiradas de guarda chuvas. Tudo que possuímos foi utilizado com material reciclável, inclusive muitos desses materiais terem sido tirados do próprio Rio Passo Fundo”, destaca Cornélio.

Além disso, eles também contêm garrafas pet, madeira, taquara, madeira náutica e isopor. “Queremos mostrar com isso o que a população anda colocando dentro do rio e, com alguns desses materiais, estamos fazendo um equipamento de navegação”, pontua o diretor.

Ao todo, foram utilizadas 800 pets cheias de CO2 (gás carbônico). A equipe também conta com ajuda de pessoas qualificadas com cursos de raias e rádio amador, em função da comunicação e manutenções possíveis no decorrer da viagem. No mais, o apoio recebido de pais de alunos também foi fundamental. “Tivemos ajuda muito grande com o barco. Com todo o material, oito pessoas podem navegar tranquilamente”, finaliza.
A viagem 
As 15 pessoas que embarcam na viagem contam com o auxílio de dois barcos, dois carros e duas vans. O caminho será revezado em grupos - enquanto um grupo percorre por água, outro fica em terra monitorando o caminho dos demais com rádio amador. Haverá viagem durante o dia e acampamento no turno da noite. A visitação de cidades histórias também está inclusa no projeto.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Projeto navegar realiza mais uma etapa

Terceira fase do projeto que pretende percorrer o Rio Passo Fundo da nascente ao mar foi realizada na sexta-feira (22)

Créditos: Natália Fávero/ON
Projeto navegar realiza mais uma etapa
Mais uma etapa vencida
 
Terceira fase do "Projeto Navegar Rio Passo Fundo, da Nascente ao Mar" percorreu área urbana e rural da ponte do Rio Passo Fundo, na rua Uruguai, até o bairro José Alexandre Zachia, na BR 285. O projeto desenvolvido pelo Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp), Instituto Estadual Cecy Leite Costa, Companhia de Policiamento Ambiental da Brigada Militar, Grupo  Escoteiros Guarani e Corsan será desenvolvido em seis etapas, incluindo toda a extensão dos rios Passo Fundo e Uruguai até o Oceano Atlântico. Nos trechos navegáveis, o grupo pretende utilizar o veleiro Cecy. Uma embarcação sustentável construída na própria escola.

Na tarde de sexta-feira, os grupos foram divididos para percorrer quatro trajetos diferentes: área central próximo a Escola Eulina Braga, uma região do rio no bairro Victor Issler, área da barragem de captação do Arroio Miranda e fundos da Vera Cruz até início do bairro Záchia.

Alunos das escolas Eulina Braga, Cecy Leite Costa e Irmã Maria Margarida participaram da terceira fase. O integrante do Gesp, Paulo Cornélio, ressaltou a importância do engajamento dos estudantes. “A ideia não é apenas desenvolver trabalhos de geografia ou história, mas criar uma relação de amor com o Rio Passo Fundo”, disse Cornélio.
O projeto tem como objetivo contribuir na construção coletiva de uma consciência ambiental, trazendo a preocupação em especial com os recursos hídricos, envolvendo estudantes, professores, órgãos públicos e comunidade no reconhecimento do percurso do Rio Passo Fundo das nascentes à foz, abrangendo toda a região hidrográfica.

via: O Nacional

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

2ª Fase do Projeto

Já concluímos a 2ª fase do Projeto, 

Leia o que saiu na mídia:
O Nacional:

Os contrastes do Rio

Segunda etapa do Projeto Navegar Rio Passo Fundo percorreu parte da área urbana do rio que dá origem ao nome do município


O Rio Passo Fundo como era há cem anos e um rio poluído. Os dois cenários puderam ser vistos de perto na segunda etapa do Projeto Navegar Rio Passo Fundo, da nascente ao mar, realizada na tarde de ontem (31). Quatro grupos formados por estudantes, ambientalistas, professores e escoteiros percorreram grande parte do trecho urbano do rio. Outras quatro etapas estão previstas, incluindo toda a extensão dos rios Passo Fundo e Uruguai até o Oceano Atlântico através do veleiro Cecy, uma embarcação sustentável feita com garrafas pet e taquaras. O projeto é uma promoção do Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp), Escola Estadual Cecy Leite Costa, Grupo de Escoteiros Guarani com o apoio da Corsan e 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar.
Os participantes foram divididos em quatro grupos. O primeiro percorreu as margens do Rio Passo Fundo, entre a Escola Eulina Braga, fundos da Prefeitura, até a ponte na Avenida Sete de Setembro. O segundo grupo fez o trajeto entre a ponte do loteamento Umbu, na rua São Lucas, até a Avenida Sete de Setembro. O terceiro grupo percorreu a ponte do rio na Avenida Sinimbu, no Parque Farroupilha, até o rio no loteamento Umbu e o outro grupo realizou o trajeto da Perimetral Leste até a ponte na Avenida Sinimbu, no Parque Farroupilha. “Os grupos percorreram o trecho urbano do rio no bairro Petrópolis, Manoel Corralo, Entre Rios e fundos da Prefeitura. Foram feitas anotações com as características atuais da situação do rio e amostras de água foram colhidas. É um trabalho educativo, mas os danos encontrados serão denunciados aos órgãos competentes”, disse o diretor do Gesp, Paulo Fernando Cornélio.

A equipe do Jornal O Nacional acompanhou o quarto grupo que percorreu a Perimetral Leste, ainda na área rural, até o início da área urbana no Parque Farroupilha, na ponte da Avenida Sinimbu. Foram cerca de 2,5 quilômetros de caminhada pelas margens e entorno do Rio Passo Fundo. Na área rural o grupo conheceu a prainha, uma região que preserva a vegetação e aspectos hidrológicos da mesma forma há séculos. “A prainha é nos fundos do bairro Manoel Corralo. Muita gente se banha aqui. Os aspectos geográficos e hidrológicos são os mesmos de 100 anos atrás. Isso mostra que é possível termos um rio em condições de balneabilidade ainda. Queremos tornar este local uma área de conservação”, revelou o diretor do Gesp.

A matéria completa você confere nas edições impressa e digital de O Nacional.


Diário da Manhã:
De barco, no curso do rio
Quatro equipes coletaram amostras em diversos pontos do Rio Passo Fundo. A tarde de ontem (31) também foi de estreia para um dos barcos sustentáveis
 
(Durante o percurso o grupo instruía as comunidades ribeirinhas / FOTO: DULCI SACHETTI / DM)
Quem consome pode não saber, mas mais da metade da água que chega às torneiras de Passo Fundo é proveniente do rio que leva o nome da cidade; devidamente tratada ela abastece milhares de pessoas todos os dias. Antes de chegar à estação de tratamento ela se mistura ao lixo, esgoto e descaso da população. Esta é a preocupação que envolve o Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp), Escola Estadual Cecy Leite Costa, Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e Grupo Escoteiros Guaranis. Avaliar como está o índice de contaminação e conscientizar a sociedade tem motivado o Projeto Navegar.

A primeira fase que aconteceu no dia 19 de outubro com uma caminha na cabeceira do Rio Passo Fundo/ Nascente do Rio Passo Fundo à Perimetral Leste/ Passo Fundo. Três grupos compuseram a coleta de amostras e impressões. Na tarde de ontem (31), a segunda etapa prevista continuou a caminhada, percorrendo outros trechos, já dentro da cidade. Desta vez, quatro grupos se dividiram nos trajetos diferentes: Ponte da Escola Estadual Eulina Braga/Túnel da linha férrea, Túnel da linha férrea/ Entre Rios, Entre Rios/Ponte da Lucas, Ponte do Lucas/Entre Rios. Pelo caminho eles encontraram resistência dos moradores, difícil acesso às margens, lixo e poluição. “No ponto de início aqui na ponte do Sininbú, como é conhecida, encontramos um pouco de lixo, mas também bastante mata ciliar ainda resistente. Observamos também que o ar não é totalmente puro”, diz o ambientalista Jaimir Maximino Zamarchi, componente de um dos grupos junto com mais dois alunos. “Nosso percurso é de aproximadamente três quilômetros, é um dos mais longos. No caminho aproveitamos para além de coletar as amostras que serão analisadas de cada ponto do rio, recolher lixo e orientar a população que vive às margens; dizer que é aconselhável que faça fossas para não largar dejetos e esgoto diretamente nas águas, que encaminhem o lixo para o destino correto e assim se desenvolveu o trabalho”, conta Zamarchi.
 
 
Atuantes pela primeira vez no grupo os estudantes Lucas Kurtz Moreira e Lucas Zanatta, afirmam “a gente percebe o rio poluído e a população muito próxima dele, jogando lixo e ao mesmo tempo se banhando, bebendo desta água. Nós não imaginávamos que o rio era tão sujo e nos surpreendemos em ver isso de perto; sem dúvida conscientiza pra não só cuidar mas ajudar nas ações como e essa do Projeto Navegar”, dizem.

Barco sustentável
(O barco sustentável foi lançado nas águas do rio e teve sucesso no percurso / FOTO: DIVULGAÇÃO GESP
O dia também foi de teste para um dos barcos, ou balsa chamada por alguns, construídos pelo projeto. “Chegamos de volta ao nosso ponto de encontro próximo das 17 horas. Da Escola Eulina Braga até a ponte do Rio Passo Fundo, fizemos a estreia do barco. Ele mede dois metros por um e é feito com taquara, garrafas pets e um material biológico elaborado, podendo suportar o peso de até quatro pessoas. Foi um sucesso o uso dele que a gente quer expandir para as comunidades ribeirinhas para que construam e utilizem como motivante para a retirada de lixo do rio. A ação chamou a atenção, assim como animais, a vida nas margens”, diz Zamarchi. Mas esta é apenas uma das peças. Outros dois barcos maiores, com cinco metros de comprimento e vela estão em fase de finalização. “os menores são para usar aqui dentro da cidade, com estes dois maiores pretendemos chegar à foz, abrangendo toda a região hidrográfica até o Oceano Atlântico; Neste caminho vamos fazendo o levantamento dos principais agentes poluidores, contribuindo na mobilização das comunidades para a criação de projetos socioambientais e a construção de propostas para possíveis soluções. O Rio Passo Fundo tem jeito, basta a gente querer, finaliza Zamarchi.
 
Cronograma
O projeto Navegar será desenvolvido em seis etapas, incluindo toda a extensão dos rios Passo Fundo e Uruguai até o Oceano Atlântico. A terceira fase acontece no dia 9 de novembro, na Av. Brasil à BR 285. Já a quarta fase do Projeto será no dia 23 de Novembro, na BR 285/Passo Fundo à Barragem do Rio Passo Fundo na Cidade de Ronda Alta. A quinta fase do será realizada no dia 07 de dezembro, na Barragem do Rio Passo Fundo na Cidade de Ronda Alta à Foz do Rio Passo Fundo junto ao Rio Uruguai. A fase final projeto, ocorre de 07 a 17 de janeiro 2014, da Foz do Rio Passo Fundo/Rio Uruguai à Montevidéu no Uruguai.
A água coletada de vários pontos diferentes deve ser analisadas / FOTO: DULCI SACHETTI / DM

 


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

1ª Fase do Projeto

Saiu na Mídia

Construção coletiva de consciência ambiental


Primeira etapa do projeto, que segue até 2014, foi realizada neste final de semana e reuniu mais de 30 pessoas


(Redação Passo Fundo / DM)
 
redacao@diariodamanha.net


O Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas, o Instituto Estadual Cecy Leite Costa e o Grupo Escoteiro Guarani 121RS iniciaram no sábado (19), a execução do Projeto “Navegar Rio Passo Fundo, da nascente ao mar”, que contou com a participação de aproximadamente 30 pessoas.
O projeto tem como objetivos contribuir na construção coletiva de uma consciência ambiental, trazendo como preocupação em especial a poluição dos recursos hídricos, envolvendo os estudantes e a comunidade no reconhecimento do percurso do Rio Passo Fundo, das nascentes à foz, abrangendo toda a região hidrográfica até o Oceano Atlântico; e fazer o levantamento dos principais agentes poluidores, contribuindo na mobilização das comunidades para a criação de projetos socioambientais e a construção de propostas para possíveis soluções.

(Rio Passo Fundo na Fazenda da Brigada / FOTO DIVULGAÇÃO GESP)

A proposta de roteiro e cronograma segue nas próximas fases, sendo que a segunda fase do projeto ocorre no dia 26, na Perimetral Leste a Av. Brasil. A terceira fase no dia 9 de novembro, na Av. Brasil à BR 285. Já a quarta fase do Projeto será no dia 23 de Novembro, na BR 285/Passo Fundo à Barragem do Rio Passo Fundo na Cidade de Ronda Alta. A quinta fase do será realizada no dia 07 de dezembro, na Barragem do Rio Passo Fundo na Cidade de Ronda Alta à Foz do Rio Passo Fundo junto ao Rio Uruguai. A fase final projeto, ocorre de 07 a 17 de janeiro 2014, da Foz do Rio Passo Fundo/Rio Uruguai à Montevidéu no Uruguai. Na primeira fase do Projeto foi realizada uma caminha na cabeceira do Rio Passo Fundo - Nascente do Rio Passo Fundo à Perimetral Leste/ Passo Fundo – onde os participantes foram divididos em três grupo, que caminharam em três percursos diferentes, com encontros de orientação, antes da caminhada, e troca de experiência após, no Centro de Educação ambiental da Fazenda da Brigada. O grupo se reuniu às 13 horas, onde foram repassadas orientações da caminhada, no Centro de Educação Ambiental / Fazenda da Brigada, após a divisão seguiram os deslocamentos para os percursos, sendo percurso 1– Nascentes até a Barragem da Fazenda; percurso 2– Barragem da Fazenda até Aeroporto; e percurso 3– Perimetral Leste até Fazenda da Brigada. Após foi realizado reencontro para troca de experiências.

(Grupo também atravessou campos e banhados da Fazenda da Brigada / FOTO DIVULGAÇÃO GESP)

1ª Fase do Projeto

Saiu na Mídia

Um rio cheio de vida

Primeira etapa do projeto Navegar percorreu o caminho das nascentes e mostrou um lado do Rio Passo Fundo que poucos conhecem

Créditos: Natália Fávero/ON
Um rio cheio de vida
Água translúcida, mata ciliar preservada, fauna e flora ao alcance dos olhos. Acreditem, existe muita vida no Rio Passo Fundo que precisa ser preservada. Esta foi uma das constatações da primeira etapa do Projeto Navegar Rio Passo Fundo, da nascente ao mar, realizada no sábado (19). Três grupos formados por estudantes, escoteiros, ecologistas e por outros integrantes de instituições ligadas ao projeto percorreram as diferentes nascentes do rio que dá origem ao nome do município. Amostras de água foram coletadas e várias anotações da situação atual do rio na zona rural servirão de base para outros projetos de educação ambiental e para buscar soluções para preservação. O projeto Navegar será desenvolvido em seis etapas, incluindo toda a extensão dos rios Passo Fundo e Uruguai até o Oceano Atlântico.

O projeto é uma promoção do Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp), Escola Estadual Cecy Leite Costa, Grupo de Escoteiros Guarani com o apoio da Corsan e 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar. A primeira etapa do projeto teve como base o Centro de Educação Ambiental, na fazenda da Brigada Militar, que abriga mais de 20 vertentes e nascentes formadoras do Rio Passo Fundo. Os participantes foram divididos em três grupos. Um grupo percorreu a nascente mãe do Rio, de Povinho Velho até a barragem da Fazenda da Brigada, outro grupo fez a trilha da barragem da Fazenda até o aeroporto e o terceiro fez o trajeto entre a Perimetral Leste até a Fazenda da Brigada Militar.

O início do Rio Passo Fundo que fica na zona rural nem se compara com o rio poluído que vemos todos os dias na área urbana. “Muitas pessoas conhecem o Rio Passo Fundo na área urbana, mas não conhecem como ele é formado, suas nascentes, sua vegetação, fauna e flora. Tem partes do rio que a qualidade de água é muita boa e translúcida. Estamos nos esforçando para que a sociedade descubra o rio e olhe com outra ótica”, destacou o diretor do Gesp, Paulo Fernando Cornélio.

O município de Passo Fundo é conhecido como berço das águas. No distrito de Povinho Velho estão as nascentes formadoras das bacias do Rio Passo Fundo, Alto Jacuí, Apuaê-Inhandava, Várzea e Taquari-Antas. Uma riqueza que precisa ser preservada. “Precisamos sentar com os agricultores e fazer com que eles sejam aliados. Muitas destas áreas estão bem preservadas com mata ciliar e vegetação, mas outros lugares precisam de vistorias mais rígidas para que as cabeceiras das nascentes formadoras do Rio Passo Fundo sejam preservadas”, salientou o diretor do Gesp.

A matéria completa você confere nas edições impressa e digital de O Nacional.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Veleiro Sustentável

Fabricação do nosso veleiro
 
Parte da sala de educação física do colégio estadual Cecy Leite Costa foi transformada numa oficina improvisada. Há cerca de um mês, o professor Antônio Carlos Rodrigues trabalha na construção de um veleiro com a utilização de material reciclável. A iniciativa, inédita na rede escolar do município,  faz parte do projeto ‘Navegar: Rio Passo Fundo, da nascente ao mar’ e será apresentada durante a XX Semana Interamericana da Água e III Semana Estadual da Água no Rio Grande do Sul, que acontece entre 5 a 12 de outubro.
Se tudo correr dentro do previsto, a embarcação, que levará o nome do educandário, deve navegar pelos mais de mil quilômetros através das águas que separam Passo Fundo de Montevidéu. Rodrigues explica que a inclusão da capital uruguaia no projeto como destino final da aventura se justifica pela ligação entre os dois rios. “Estava em Montevidéu acompanhado de meu filho. Conversando com um grupo de amigos, me dei conta de que o Rio Passo Fundo é um afluente do rio Uruguai. Como sempre tive vontade de navegar, pensei em realizar este trajeto” revela.

Veleiro sustentável
Equipe pretende realizar o primeiro teste do Cecy nas águas do Capingui no dia 13 de outubro Foto – Embarcação leva na estrutura 60 varas de taquara e 1,2 mil garrafas pet


De volta a Passo Fundo, o professor de Educação Física se reuniu com integrantes do Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (GESP), do qual faz parte. No encontro surgiu a ideia de montar um barco e utiliza-lo em estudos de impacto ambiental no rio Passo Fundo. A entidade, que completa três décadas este ano, apoiou a iniciativa. Assim como a direção da escola. Aproveitando o conhecimento de marcenaria e carpintaria herdado do pai, Rodrigues não se intimidou diante do desafio. Apesar de já ter construído algumas embarcações  menores, é a primeira vez que se propõe a montar um veleiro. Quando não está lecionando, o professor dedica praticamente todo o tempo livre ao projeto. Com parte do material arrecadado pelos alunos e outra comprada, em apenas 30 dias  ele já conseguiu montar toda a estrutura do barco.

O Cecy Leite Costa terá as características de um veleiro modelo Dingue. As medidas foram cuidadosamente reproduzidas a partir de uma embarcação existente na barragem do Capingüi. São cinco metros de comprimento por dois de largura. Com capacidade para cinco a seis pessoas, o veleiro pesará entre 150 a 180 quilos e poderá suportar até 2 mil quilos.

Na parte do casco, foram utilizadas aproximadamente 60 varas de  taquara. Elas serão revestidas com plástico de banners e tiras tramadas de pet. O fundo será preenchido com 1,2 mil  garrafas pet. Já a vela, medindo 5,7 metros, foi confeccionada com tecido de guarda-chuva e sombrinhas. Para as garrafas não serem  amassadas  quando pisoteadas, o professor dá a dica. “Vou usar um pouco de suco com levedura e tampá-las para formar o gás” conta. O orçamento final da embarcação deve ficar em torno de R$ 1 mil.

Consciência ecológica
Durante o andamento do projeto, Rodrigues foi ganhando novos parceiros. Atualmente participam com ele, os professores, André Luis Correa de Camargo, da educação física, e Angelo Vinícius da Rosa Peres, da biologia, além do aluno Matheus de Oliveira Piana, 15 anos. Pelo menos 20 estudantes do 1º e 2º anos do Cecy, além de universitários dos cursos de biologia e engenharia ambiental da UPF, escoteiros Guaranis e integrantes do GESP, devem participar da pesquisa de campo. 
 
Ao longo da navegação, ambientalistas e especialistas pretendem reunir uma série de informações para auxiliar na redução do impacto ambiental sobre o rio. Coleta de amostras de água para análise da qualidade, identificação dos principais poluentes, situação da mata ciliar e conscientização da população ribeirinha, estão entre as principais ações. “Será preenchido um amplo questionário sobre o tema meio ambiente” explica o professor Camargo. Para facilitar a navegação em determinados trechos, a equipe pretende construir pequenas balsas. “Em muitos locais, onde é impossível navegar, teremos de carregar as embarcações por terra” prevê Rodrigues.

A primeira exposição do Cecy acontece no próximo dia 5, durante abertura da XX Semana Interamericana e XII Semana Estadual da Água, na Travessa Poder Legislativo, junto à Câmara de Vereadores de Passo Fundo. No entanto, o primeiro teste na água será dia 13 deste mês na barragem do Capingui. Já a estreia oficial deve o ocorrer em 19 de outubro, a partir da nascente do rio Passo Fundo, na localidade de Povinho Velho, até à Perimetral Leste.